domingo, 2 de outubro de 2011

"As Pequenas Percussões - Conclusão e Experiência - Por: Américo Cardoso

O primeiro workshop "As Pequenas Percussões" realizado pela primeira vez em Junho de 2011 no espaço Mahtab, constituiu a concretização de um pequeno sonho que estava em embrião alguns anos,muito justamente teve a oportunidade de ver a luz do dia graças á participação da Profª Elsa Shams Profª de Dança Oriental e Zoraida Ebrahimo estudante de Dança Oriental que quiseram satisfazer a sua curiosidade em aprofundar esta matéria, não muito frequente de abordar mesmo até a nível internacional, foi muito importante a sua realização no espaço Mathab como fase pioneira em Portugal.
O objectivo deste workshop foi propocionar ás duas participantes Elsa Shams e Zoraida Ebrahimo, um conhecimento mais direto do ritmo e de sua origem, como  vertente pedagógica acerca do papel dos pequenos instrumentos de percussão quer no contexto da dança oriental quer do próprio sistema musical, como ponto de partida para o estudo dos ritmos de Dança Oriental.
A classificação dos instrumentos de percussão - Idiófonos e membranofones, ressonância e não ressonância, o fator de improvisação foram algumas das matérias abordadas neste workshop.
A profº Elsa Shams e Zoraida Ebrahimo, as duas participantes deste workshop  aproveito para prestar os meus sinceros agradecimentos permitindo a concretização deste evento.
Ambas tiveram a oportunidade de contatar e experimentar pela primeira vez um vasto leque de instrumentos de percussão constituido por: Caixa chinesa,pau de chuva, campainhas de vários tamanhos,tibla´t bongós marroquinos,crótalos,triangulo e pratos de vários diametros e sonoridades.Como um série de baquetas - lã,feltro,madeira etc. Um vasto mundo de sons estava á sua espera, as duas participantes, desconheciam como é natural o nome de muitos instrumentos e a sua forma de tocar e produzir o som corretamente, um dos objectivos deste workshop foi propocionar este tipo de conhecimento.
Para ambas se traduziu numa experiencia muito agardável, quer do ponto de vista pedagógico, quer a nível experimental, produzindo através destes instrumentos, as mais diversas sonoridades, utilizando as mãos,várias espécies de baquetas, escutar a ressonância e não ressonância produzida por determinados instrumentos - campainhas,triangulo e pratos. Vários exercicios com a combinação de vários instrumentos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

RITMO,CORPO E PERCUSSÃO - Por Américo Cardoso

ARQUEOLOGIA DO RITMO :

" Na natureza, pelo contrário, o ritmo não tem harmonia nem melodia, mas sómente vibrações de ar não mensuráveis."                                                                              
                                                                                                              Eduard Hanslick
                                                                                                             Do Belo Musical

Os instrumentos de percussão, foram sem dúvida dos primeiros objectos sonoros que o homem teve oportunidade de conceber, tendo como finalidade ritmar o tempo através da sua sonoridade.
Escutando os próprios sons da natureza como:
O rimbombar de um trovão
Som de pedras que batem aleatoriamente
O som das ondas do mar
O bater das rodas de um moinho
Tudo este conjunto de factores, propocionaram materia para o homem começar a construir os seus primeiros instrumentos musicais.
Através das descobertas arqueológicas foi achado um dos instrumentos de percussão mais antigos, datado do periodo da Idade da Pedra, designado por "Litofone" ou "Fonolito", constituido por uma série de pedras, que ao serem percutidas produzem uma sonoridade agradável.
O "Litofone" compõem-se de uma só pedra de grandes dimensões e suspensa verticalmente por dois troncos de árvore. Este tipo de instrumentos foram encontrados na região da China,Coreia do Sul e Vietname, como também em algumas regiões da África Negra, Golfo da Guiné e Etiópia.
Ritmo e Percussão se interligam. O Ritmo é uma caracteristica patente no conceito do universo,após a própria vida humana.
As galáxias são massas estelares constituidas por milhares de sois, planetas e componentes gasosos, obedecem a um determinado ritmo deslocando-se a velocidades vertiginosas.
O nosso sol sofre um ciclo de 22 em 22 anos, os polos magnéticos sofrem uma inversão conduzindo um ritmo de 11 anos, que compreende as manchas solares, aumentando ou diminuindo, permitindo dar o seu grau de actividade solar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

5 FACTORES - SOLO DE PERCUSSÃO PARA DANÇA ORIENTAL - Por . Américo Cardoso

O RITMO:

Em minha perspectiva são cinco factores que caracterizam ou definem a construção de um solo de percussão, neste caso faço referencia á tabla egipcia ou darabouka, instrumento chave da dança oriental.
Os cinco factores que são determinantes é constituido pelo :
                          1.O Ritmo
                          2.Andamento
                          3.Dinamica
                          4.A interpretação
                          5. Criatividade/Improvisação

O ritmo constitue na Dança Oriental uma componente bastante importante. Durante a execução de um solo de percussão-tabla egipcia ou darabouka, pode coexistir dois aspectos em referência ao ritmo ou á forma como é executado perante a bailarina.
O primeiro aspecto apresenta uma base constituida por um só ritmo como por exempolo : Baladi,Maqsoum, Saiidi, Chifftetelli etc. Os ritmos mencionados são os mais executados em Dança Oriental e conhecidos de todas as bailarinas. Se não for adicionado á execução do ritmo uma forma de incluir variações podendo atender factores como a dinamica, o andamento etc. corremos o sério risco de a execução se transformar numa mera marcação de ritmo, ideal para acompanhar aulas de Dança Oriental, mas nunca uma actuação, nada mais desagradável para uma bailarina deparar-se com uma situação destas, estando abslolutamente condicionada pela execução de um único ritmo sem incluir as respectivas variações, não permite obter uma grande variedade de movimentos Se não houver para ambas as partes Tabla/Bailarina o cuidado de rever esta situação, a actuação aos olhos do público se transforma num momento bastante desinteressante.

O segundo aspecto propociona outro tipo de cenário dado a natureza do solo de percussão assentar numa base de vários ritmos. O solo poderá incluir mais de dois ritmos, três.quatro, etc. não existe uma regra base para determinar o número de ritmos na construção de um solo de percussão, tudo depende da intenção do percussionista e determinação da bailarina. Neste caso vou exemplificar com três ritmos básicos Baladi/Saiidi/chifftetelli ou Zaffa/Hagalla/Maqsoum - pode ser adicionado a esta base as pausas, dinamica,andamento, rush ( rufo executado muito rápido, alternando a mão direita e esquerda) ou seja aquilo que designo por shimmie da percussão. Para a bailarina constitue sem dúvida um maior desafio propocionando um maior leque de movimentos, quanto mais variado for o solo de percussão, mais variado e potencial se torna o desempenho de uma bailarina. Para o tabla ou percussionista constitue um grande prazer de poder edificar e propocionar um solo que inclue os cinco factores mencionados. Transformando o momento da sua actuação num verdadeiro espectáculo aos olhos do público. (continua)